Recentemente, em Cádiz, uma cidadezinha no sul da Espanha, vi uma cena que me comoveu bastante. Um pai (28) muito alto se abaixou para dar um beijo, cheio de ternura, na cabeça de seu pequeno filho (13), que deve ter uns 3 anos de idade. A delicadeza deste gesto tão simples me chamou a atenção, me emocionou e me inspirou a escrever este post em homenagem ao dia dos pais.
Acho que dia dos pais, dia das mães ou dos avós deveria ser festejado todos os dias.
Acho que dia dos pais, dia das mães ou dos avós deveria ser festejado todos os dias.
Eu, espiritualista que sou, tenho o entendimento de que cada espírito possui o livre arbítrio para escolher o pai e a mãe para encarnar nesta incrível jornada chamada vida. E para ocupar o seu devido lugar neste planeta, com o único propósito de evoluir. Este é o verdadeiro sentido da vida.
Se nascemos em uma família (graças ao tesão dos nossos pais), se somos o que somos (pelos valores que recebemos) e se chegamos até aqui foi porque pertencemos a uma ancestralidade que sustentou e apoiou a nossa vida, seja do jeito que foi.
Se nascemos em uma família (graças ao tesão dos nossos pais), se somos o que somos (pelos valores que recebemos) e se chegamos até aqui foi porque pertencemos a uma ancestralidade que sustentou e apoiou a nossa vida, seja do jeito que foi.
Mais do que educar, conduzir alguém e ensiná-lo a caminhar com as próprias pernas não é tarefa fácil. E é sempre um risco.
ele pode cair...
e se machucar...
e vai chorar...
talvez desistir...
ou pode levantar...
para tentar de novo...
mesmo que vacilante.
Mas assim que o filho encontrar o seu ponto de equilíbrio, ele segue em frente, forte e confiante, sabendo que teve um pai que o incentivou a prosseguir.
Não dá para prever a reação que o filho terá aos ensinamentos transmitidos. Mas é certo que um filho ensina muito ao pai, através das suas reações.
Concordo que muitos pais são ausentes, porque ele se empenhou demais ao trabalho para sustentar a família e chegava exausto em casa. Ou porque os conflitos com a mãe o afastaram do(s) filho(s). Ou porque sentia medo. Ou porque se sentia despreparado diante de tamanha responsabilidade. Ou porque sua fragilidade o colocou em um vício. Ou porque ele não tinha paciência com criança. Ou viajava muito. Ou ficou doente. Ou sofreu um acidente. Ou precisou partir...
Tantos são os motivos para justificar (ou não) a ausência de um pai. Mas a verdade é que ninguém nasce pronto, nem os pais. Onde se encontra o manual de instrução de como ser um pai perfeito??? Eu nunca vi.
O meu pai tinha qualidades intelectuais, artísticas e humanitárias admiráveis. Sei que herdei a sua inteligência, a sua saúde e o seu temperamento alegre e espontâneo. Eu o honro por isso.
"Exercer a paternidade é usufruir o dia-a-dia para que o filho cresça!!! É entrega sem pedir nada em troca, sem ciúmes, é criar para o mundo e, mesmo longe, desejar que o filho seja feliz. Exercer a paternidade inclui dizer Não! E Não também é amar. É desejar sinceramente que o filho seja melhor do que você mesmo.
Um pai se realiza com a felicidade do filho." Fábio Rocha.
"Exercer a paternidade é usufruir o dia-a-dia para que o filho cresça!!! É entrega sem pedir nada em troca, sem ciúmes, é criar para o mundo e, mesmo longe, desejar que o filho seja feliz. Exercer a paternidade inclui dizer Não! E Não também é amar. É desejar sinceramente que o filho seja melhor do que você mesmo.
Um pai se realiza com a felicidade do filho." Fábio Rocha.
CANÇÃO DE NINAR (LIÇÃO DE AMOR) - Por Fábio Rocha
Enquanto embalava
meus filhos,
Sussurrando desafinados tons,
Imaturamente me apropriava dos sonhos alheios,
Projetando um futuro ideal que não era meu.
Aquela canção por vezes conhecida,
Fazia-me sonhar com um futuro desconhecido,
Tolamente, confundindo desejo com conquista.
Hoje que as canções de ninar se emudeceram,
Que meus filhos são muito mais que meus melhores devaneios,
Espero de novo entoá-las para netos biológicos ou afetivos,
Com mais maturidade, sem projetar sonhos,
Apenas embalando crianças, deixando-as sonhar.
Não haverá petulância para invadir vidas alheias...
Cumprirei meu papel de usar os braços,
Para transmitir meus sentimentos...
Entenderei que isto basta para sentir privilégio.
Que orgulho e amor podem ser vivenciados no silêncio,
Ou enquanto sussurra-se uma canção de ninar.
Que sabedoria pode ser adquirida, caminhando...
Com passos cuidadosos, nos mesmos cômodos...
E um bebê escutará uma canção de ninar.
Canção de ninar... Nunca deveríamos deixar de entoá-las,
Pois quanto mais repetimos, mais podemos aprender,
Através deste mantra, a amar de verdade.
Sem julgar, sem pedir nada para você em troca...
Sentir prazer e driblar o sono...
Estar presente esquecendo seu próprio conforto...
E não se importar em não ter o controle...
De quando terminar, ou quando reiniciar...
Mas se precisar, você estará lá, de novo, para sempre...
Sussurrando desafinados tons,
Imaturamente me apropriava dos sonhos alheios,
Projetando um futuro ideal que não era meu.
Aquela canção por vezes conhecida,
Fazia-me sonhar com um futuro desconhecido,
Tolamente, confundindo desejo com conquista.
Hoje que as canções de ninar se emudeceram,
Que meus filhos são muito mais que meus melhores devaneios,
Espero de novo entoá-las para netos biológicos ou afetivos,
Com mais maturidade, sem projetar sonhos,
Apenas embalando crianças, deixando-as sonhar.
Não haverá petulância para invadir vidas alheias...
Cumprirei meu papel de usar os braços,
Para transmitir meus sentimentos...
Entenderei que isto basta para sentir privilégio.
Que orgulho e amor podem ser vivenciados no silêncio,
Ou enquanto sussurra-se uma canção de ninar.
Que sabedoria pode ser adquirida, caminhando...
Com passos cuidadosos, nos mesmos cômodos...
E um bebê escutará uma canção de ninar.
Canção de ninar... Nunca deveríamos deixar de entoá-las,
Pois quanto mais repetimos, mais podemos aprender,
Através deste mantra, a amar de verdade.
Sem julgar, sem pedir nada para você em troca...
Sentir prazer e driblar o sono...
Estar presente esquecendo seu próprio conforto...
E não se importar em não ter o controle...
De quando terminar, ou quando reiniciar...
Mas se precisar, você estará lá, de novo, para sempre...
AOS MEUS FILHOS - Por Fábio Rocha
Obrigado meus filhos,
Pelo aprendizado inestimável,
De um sentimento interminável,
Que dispensa proximidade ou momento,
Desde que surgiu em cada nascimento.
Obrigado meus filhos,
Por estampar-me um fulgurante sucesso,
Disfarçando meus fracassos mundanos,
Motivando-me na tristeza, eu confesso,
Sublimando meus sentimentos profanos.
Obrigado meus filhos,
Por lágrimas do futuro e do pretérito,
Pelos sorrisos nos quais me deliciei,
Pelo convívio que sempre apreciei,
Pelo amor sem porquês de inquérito.
Obrigado meus filhos,
Por cada birra, testando minha calma,
Por cada dúvida que atiçou minha mente,
Por cada abraço apertado, simplesmente,
Por cada beijo que afagou minha alma.
No arrebatador sentimento que vi nascer,
Define-se o valor de uma vida medíocre e errante,
Se nada mais tiver, já desfrutei delicioso instante,
De tornar-me pai para nunca deixar de ser.
Obrigado meus filhos!
Dedico este post a dois pais:
- Ao pai de Cádiz, pois seu gesto de ternura me deu a inspiração para escrever este post.
- Ao meu amigo Fábio Rocha, por ser um pai companheiro, amoroso, cúmplice e orgulhoso. É muito bom presenciar o amor incondicional que ele sente por Caio e Gabriel.
- Ao pai de Cádiz, pois seu gesto de ternura me deu a inspiração para escrever este post.
- Ao meu amigo Fábio Rocha, por ser um pai companheiro, amoroso, cúmplice e orgulhoso. É muito bom presenciar o amor incondicional que ele sente por Caio e Gabriel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe o seu comentário, isso me aproxima dos meus leitores e me deixa feliz.